Como é o comportamento do mosquito Aedes aegypti?

O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, vive dentro de casa e perto do homem. Ele tem hábitos diurnos e alimenta-se de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. A reprodução acontece em água limpa e parada, a partir da postura de ovos pelas fêmeas. Os ovos são colocados em água limpa e parada e distribuídos por diversos criadouros – estratégia que garante a dispersão da espécie. Se a fêmea estiver infectada pelo vírus da dengue quando realizar a postura de ovos, há a possibilidade de as larvas já nascerem com o vírus – a chamada transmissão vertical.

Por que só a fêmea pica?

A fêmea precisa de sangue para a produção de ovos. Tanto o macho quanto a fêmea se alimentam de substâncias que contêm açúcar (néctar, seiva, entre outros), mas como o macho não produz ovos, não necessita de sangue.

Usar calças compridas e meias pode colaborar para a prevenção à picada do mosquito?

Sim, porque o Aedes aegypti pica as pessoas preferencialmente nas pernas e nos pés. Ele tem rejeição à claridade e é atraído pelo calor, por isso tenha preferência por tecidos escuros. O importante é eliminar os criadouros do mosquito, para que ele não circule.

Onde nasce o mosquito?

Dissemina-se especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti e Aedes albopictus. Nos últimos 50 anos, a incidência aumentou 30 vezes com aumento da expansão geográfica para novos países e na presente década, para pequenas cidades e áreas rurais. Há referências de epidemias desde o século XIX no Brasil. No século passado, há relatos em 1916, em São Paulo, e em 1923, em Niterói, no Rio de Janeiro, sem diagnóstico laboratorial. A primeira epidemia, documentada clínica e laboratorialmente, ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista-RR, causada pelos sorotipos 1 e 4. Em 1986, ocorreram epidemias, atingindo o Rio de Janeiro e algumas capitais da região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente indenes ou alteração do sorotipo predominante.

Quais doenças são causadas pelo mosquito?

Até o momento, foram confirmados casos de dengue, chicungunya, zica e febre amarela, transmitida pelo Aedes aegypti.

Dúvidas

A picada do mosquito é a única forma de transmissão da dengue? Sim, a dengue não é transmitida por pessoas, objetos ou outros animais.

Qual é o principal mosquito transmissor da dengue? É o mosquito Aedes aegypti.

É verdade que somente a fêmea do mosquito pica as pessoas? Sim, pois é a fêmea que necessita do sangue em seu organismo para amadurecer seus ovos e assim dar sequência no seu ciclo de vida.

Como a pessoa reconhece o mosquito Aedes Aegypti? O Aedes é parecido com o pernilongo comum. Ele pode ser identificado por algumas características: corpo escuro e rajado de branco, além de possuir o hábito de picar durante o dia.

De onde veio o mosquito Aedes Aegypti? É originário da África Tropica, e foi introduzido nas Américas durante a colonização. Atualmente encontra-se amplamente disseminado nas Américas, Austrália, Ásia e África.

Qualquer inseticida mata o mosquito da Dengue? Sim, porém a aplicação de inseticidas atua somente sobre a forma adulta do mosquito, surtindo efeito momentâneo com poder residual de pouca duração.

Uma pessoa infectada pode passar a doença para outra? Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para pessoas sadias. A pessoa também não se contamina por meio de fontes de água, alimento ou uso de objetos pessoais do doente de dengue.

É possível distinguir a picada do Aedes Aegypti com a de um mosquito comum? Não. A sensação de eventual coceira ou incômodo é semelhante à picada de qualquer outro mosquito.

Algum outro mosquito é capaz de transmitir a doença? Sim, o mosquito Aedes albopictus, que também pode ser encontrado em áreas urbanas, pode transmitir a dengue.

Todo Aedes Aegypti transmite a dengue? Não, apenas os infectados. O mosquito só transmite a doença se tiver contraído o vírus.

Todo mundo que é picado pelo mosquito Aedes Aegypti fica doente? É preciso que o mosquito esteja infectado com o vírus de Dengue. Além disso, muitas pessoas picadas pelo mosquito Aedes aegypti infectado não apresentam sintomas. Outras apresentam sintomas brandos, que podem passar despercebidos ou confundidos com gripe, existindo, ainda, aquelas que são acometidas de forma acentuada, com sintomatologia exacerbada.

Por que foi criada vacina para febre amarela e não uma vacina contra a dengue? No caso da Febre Amarela só existe um tipo de vírus. Na dengue, são conhecidos quatro variedades de vírus – chamados den1, den2, den3, e den4. Os quatro tipos já foram registrados no Brasil (sendo que o tipo 4 só na Amazônia). A rigor, uma vacina para um tipo não dará imunização para outro.

Uma pessoa pode confundir a dengue com gripe forte? Como saber a diferença? Sim. A melhor forma de se ter certeza é procurando um médico e, eventualmente, realizando exames.

Uma pessoa pode estar com a dengue e apresentar apenas alguns dos sintomas? Sim. A intensidade dos sintomas varia muito de pessoa para pessoa.

Quem já teve dengue uma vez pode ser contaminado novamente, ou fica imune? Estudos indicam que uma pessoa doente de dengue fica imune para sempre, com relação ao sorotipo que determinou a infecção. Além disso, por alguns meses, ela fica protegida para qualquer dos sorotipos de dengue. Passado este tempo, se ela se contaminar por outro tipo de vírus, diferente daquele que se contaminou antes, poderá ter comprometimento do quadro clínico e desencadear a dengue hemorrágica.

Qual a diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica? A clássica é mais branda do que a hemorrágica, que pode até causar a morte.

Por que a dengue hemorrágica é mais perigosa? Porque, como o próprio nome diz, causa hemorragia e pode levar à morte.

Que tipo de exame identifica a dengue hemorrágica? Há três exames que podem ser utilizados: a prova do laço, a contagem das plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório. Com uma borrachinha, o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos vermelhos sob a pele, que indicariam a doença. Os outros testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.

Quais são os sintomas da dengue hemorrágica? A dengue hemorrágica se manifesta de três a cinco dias depois da clássica. A febre reaparece após ter cessado, causando suor, deixando a pele esbranquiçada e as extremidades frias. É comum dor de garganta, queda de pressão, dores no estômago e abaixo das costelas. As hemorragias ocorrem em pequena quantidade. Quando a doença fica ainda mais grave, o fígado fica "mole" e doloroso. As cólicas abdominais e a hemorragia aumentam, atingindo o tubo digestivo e os pulmões.

A pessoa que já tive dengue uma vez pode desenvolver o tipo hemorrágico? Sim. Qualquer um dos 4 sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. A probabilidade de manifestações hemorrágicas é menor em pessoas infectada pela primeira vez. Portanto, pessoas que contraem dengue mais de uma vez apresentam maior chance de complicações do quadro clínico, incluindo manifestações hemorrágicas.

Qual é o tratamento? Neste caso, a recomendação é aplicação de soro e plasma. Em certos casos há a necessidade de transfusão de sangue.

O repelente funciona? Quantas vezes deve ser aplicado por dia? Os repelentes possuem ação limitada e não eliminam o mosquito, apenas o mantém distante.

A partir de que momento é necessário procurar um médico? A partir dos primeiros sintomas.

Qual é o tratamento para a doença? A pessoa doente deve repousar e ingerir bastante líquido (água, sucos naturais ou chá), evitando qualquer tipo de refrigerante ou suco artificial. Antitérmicos e analgésicos que contém em sua fórmula ácido acetilsalicílico, como a aspirina, devem ser evitados.

Por que não se deve tomar medicamentos a base de ácido acetilsalicílico? Porque estes medicamentos têm efeitos anticoagulantes e podem causar sangramentos.

Qual é o tempo de cura para a dengue? A febre costuma durar de três a oito dias e pode causar pequenas bolhas vermelhas em algumas regiões do corpo, como pés, pernas e axilas. Na maioria das vezes, o doente demora uma semana para ficar bom. Porém, o cansaço e a falta de apetite podem demorar até quinze dias para sumir. A recuperação costuma ser total.

O uso de inseticida contra o mosquito pode torná-lo imune ao produto? Sim, pode.

Velas e incensos ajudam a espantar o Aedes aegypti? Velas de citronela ou andiroba têm efeito paliativo. Isto porque o raio de alcance e a duração são restritos.

A solução de água sanitária com água limpa nas plantas é eficiente? Não, é necessário substituir bromélias e plantas deste tipo por outras que não acumulem água em suas folhas.

O que é a Dengue?

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No Brasil, foi identificada pela primeira vez em 1986. Estima-se que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente no mundo.

Como a dengue pode ser transmitida?

A principal forma de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti. Há registros de transmissão vertical (gestante - bebê) e por transfusão de sangue.  Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

Quais são os sintomas da dengue?

A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde.

Qual o tratamento para a dengue?

Não existe tratamento específico para dengue. O tratamento é feito para aliviar os sintomas. É importante o repouso e ingerir bastante líquido. Jamais tomar medicamentos por conta própria.

Como prevenir?

Ainda não existe vacina ou medicamentos contra dengue. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção pra aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).

O que é o zika?

O zika é um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.

Como é transmitido?

O principal modo de transmissão descrito do vírus é pela picada do Aedes aegypti. Outras possíveis formas de transmissão precisam ser avaliadas com mais profundidade, com base em estudos científicos. Não há evidências de transmissão do vírus zika por meio do leito materno, assim como por urina, saliva ou sêmen. Conforme estudos aplicados na Polinésia Francesa, não foi identificada a replicação do vírus em amostras do leite, assim como a doença não pode ser classificada como sexualmente transmissível. Também não há descrição de transmissão por saliva.

Quais são os sintomas?

Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

Qual o tratamento para o zika?

Não existe tratamento específico para a infecção pelo vírus zika. Também não há vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus. Os casos suspeitos devem ser tratados como dengue, devido à sua maior frequência e gravidade conhecida.

O que é a microcefalia?

Microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, ou seja, igual ou inferior a 32 cm. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

Diganóstico

Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Também é possível diagnosticar a microcefalia no pré-natal. Entretanto, somente o médico que está acompanhando a grávida poderá indicar o método de imagem mais adequado.

A microcefalia pode levar a óbito ou deixar sequelas?

Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela devem variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.

Qual período da gestação é mais suscetível à ação do vírus?

Pelo relatado dos casos até o momento, as gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus zika no primeiro trimestre da gravidez. No entanto, o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período da gestação.

Ao nascimento, os bebês com suspeita de microcefalia serão submetidos a exame físico e medição do perímetro cefálico. São considerados microcefálicos os bebês a termo com perímetro cefálico menor de 32 centímetros. Eles serão submetidos a exames neurológicos e de imagem, sendo a Ultrassonografia Transfontanela a primeira opção indicada, e, a tomografia, quando a moleira estiver fechada. Entre os prematuros, são considerados microcefálicos os nascidos com perímetro cefálico menor que dois desvios padrões.

Orientações e cuidados para o público em geral

- Utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.
- Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
- Caso observe o aparecimento de manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, busque um serviço de saúde para atendimento.
- Não tome qualquer medicamento por conta própria.

Orientações e cuidados para as gestantes - Utilize telas em janelas e portas, use roupas compridas – calças e blusas – e, se vestir roupas que deixem áreas do corpo expostas, aplique repelente nessas áreas.
- Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
- Busque um PAMO (Pronto Atendimento Médico e Odontológico) para iniciar o pré-natal assim que descobrir a gravidez e compareça às consultas regularmente.
- Vá às consultas uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez; a cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª semana; e semanalmente do início da 36ª semana até o nascimento do bebê.
- Tome todas as vacinas indicadas para gestantes.
- Em caso de febre ou dor, procure um serviço de saúde. Não tome qualquer medicamento por conta própria.
- Se tiver dúvida, fale com o seu médico ou com um profissional de saúde.
- Relate ao seu médico qualquer sintoma ou medicamento usado durante a gestação.
- Leve sempre consigo a Caderneta da Gestante, pois nela consta todo seu histórico de gestação.

Orientações e cuidados com o recém-nascido - Proteger o ambiente com telas em janelas e portas, e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas – calças e blusas.
- Manter o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
- A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6 meses de vida.
- Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde.
- Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria.
- Após o nascimento, o bebê será avaliado pelo profissional de saúde na maternidade. A medição da cabeça do bebê (perímetro cefálico) faz parte dessa avaliação.
- Além dos testes de Triagem Neonatal de Rotina (teste de orelhinha, teste do pezinho e teste do olhinho), poderão ser realizados outros exames.
- Leve seu bebê a uma unidade básica de saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de puericultura.
- Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança.

Orientações e cuidados com o recém-nascido com microcefalia - Proteger o ambiente com telas em janelas e portas, e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas – calças e blusas.
- Manter o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.
- A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6 meses de vida.
- Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde.
- Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria.
- Leve seu bebê a uma unidade básica de saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de puericultura.
- Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança.
- Além do acompanhamento de rotina na unidade básica de saúde, seu bebê precisa ser encaminhado para a estimulação precoce.
- Caso o bebê apresente alterações ou complicações (neurológicas, motoras ou respiratórias, entre outras), o acompanhamento por diferentes especialistas poderá ser necessário, a depender de cada caso.

O que é Chikungunya?

A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.

Quais são os sintomas?

Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.

Como é feito o tratamento?

Não existe vacina ou tratamento específico para chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.

Como prevenir?

Assim como a dengue, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança. Também não existe vacina ou medicamentos contra a chikungunya. Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção pra aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).

O que são animais sinantrópicos?

Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver próximos a grupos humanos. Diferem-se dos animais domésticos, os quais o homem cria e cuida para ter companhia (cães, gatos, pássaros, entre outros), para que produzam alimentos (galinha, pato, porco) ou para serem utilizados como meio de transporte (cavalo, burro).

O CAS participa das seguintes ações:

- recebe denúncia de focos de dengue (criadouros do mosquito Aedes aegypti);
- realiza, pelo menos três vezes ao ano, o mapeamento e a pesquisa entomológica do mosquito Aedes aegypti, identificando situações propícias à sua proliferação e direcionando as ações de combate, executando ações de bloqueio de criadouros e nebulização, quando da ocorrência de casos positivos de dengue e chikungunya, para evitar sua disseminação;
- promove palestras, orientação e material informativo sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti;
- faz a remoção de material inservível pelo caminhão cata-treco (parceria com a Secretaria de Serviços Públicos);
- promove informações e vistorias sobre animais sinantrópicos, tais como escorpiões, formigas, pombos, roedores, abelhas, morcegos.

Vale lembrar que a aplicação de veneno contra esses animais e a remoção de enxames só podem ser realizadas em áreas públicas. Em imóveis particulares, o proprietário deve contratar empresa de controle de pragas para realizar esse tipo de serviço. Os animais sinantrópicos, como todos os seres vivos, necessitam de três fatores para sua sobrevivência: água, alimento e abrigo. A água não é fator limitante no nosso meio, mas podemos interferir nos outros dois — o alimento e o abrigo —, impedindo que espécies indesejáveis se instalem ao nosso redor.

Endereço: Avenida Vereador José Roberto Bueno de Mattos, 235 - Jardim das Nações
Horário de atendimento ao público na base: das 8h às 12h e das 13h às 17h
Horário alternativo (trabalhos de campo na vigência do horário de verão): até às 20h
Telefone: (12) 3635-4091
E-mail: pmt.controle.vetores@taubate.sp.gov.br

Ações de combate e prevenção

As ações de fiscalização e combate em Taubaté têm como objetivo principal a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, que traz este ano o triplo risco representado pelos vírus da dengue, zika e chikungunya.

Para isto, as equipes do CAS (Controle de Animais Sinantrópicos) têm promovido vistorias na cidade em horário ampliado, até as 20h, para a redução de pendências por conta de imóveis fechados.

As operações Cata-treco são realizadas durante todo o ano e ajudam na redução de criadouros em potencial por meio do recolhimento de objetos descartados pela população nos bairros. Sofás, armários, utensílios domésticos, entre outros que são potenciais abrigos para focos do mosquito transmissor. Os moradores devem colaborar colocando esses objetos na calçada, quando houver a ação no bairro.

Também integram as atividades a promoção de palestras em escolas, fábricas e centros comunitários. A capacitação de brigadistas é outra frente de atuação do CAS. Funcionários de condomínios do município, por exemplo, têm passado por treinamento para poder identificar criadouros do mosquito em potencial.

A atuação do Comitê Municipal de Combate à Dengue é outra frente de apoio, já que o envolvimento de lideranças comunitárias como agentes multiplicadores ajuda nas ações de conscientização. Estas lideranças também colaboram com sugestões para aprimorar a ofensiva contra o Aedes aegypti.

Enfermeiros e profissionais de saúde de Taubaté passaram por treinamento e estão habilitados a atuar de acordo com os protocolos de atendimento estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

LEMBRE-SE

Mapa do mosquito

Mapeamento atualizado em maio indica que as operações realizadas pelas equipes do CAS (Controle de Animais Sinantrópicos) conseguiram reduzir os casos de dengue nas áreas 1 e 5, consideradas focos prioritários das ações de combate e prevenção ao mosquito Aedes aegypti. Pela primeira vez, as duas regiões somadas representaram menos da metade dos casos confirmados na cidade.